Nesta sexta-feira (25) é comemorado o Dia Internacional da Agricultura Familiar, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para reconhecer e valorizar o trabalho dos agricultores familiares e a importância da atividade para a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável.
No Piauí, a ação da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) tem sido protagonista de um processo robusto de fortalecimento do setor, que tem se destacado cada vez mais na geração de renda, por meio da mecanização agrícola e da organização de cooperativas e entidades de agricultores familiares. Isso tudo fruto de um conjunto de ações e fatores envolvendo a SAF, mas com a colaboração de diversos outros órgãos do Governo do Piauí e do governo federal, e também na sociedade civil e outras instituições.
“São mais de R$ 700 milhões em investimentos na agricultura familiar com programas como o PSI, Pilares, a Quitanda da Agricultura Familiar que viabiliza a comercialização, como o PAA e o PAS, que também dão suporte à comercialização de produtos da agricultura familiar. Mas acima de tudo, acreditamos na agricultura familiar como estratégia de desenvolvimento no Estado do Piauí, como responsáveis por mais de 30% dessa população que vive na zona rural e que está aí produzindo, gerando renda e empreendendo para fazer o Piauí cada vez maior”, destaca a secretária da Agricultura Familiar do Piauí, Rejane Tavares.
Em diversos setores, é possível perceber como os investimentos feitos pela SAF têm trazido retorno para agricultores familiares. Na produção de frutas, hortaliças, mel, farinha, na criação de animais, e muitos outros, os relatos de aumento na produção, na renda, e na procura pelo mercado, tem se tornado cada vez mais comuns.
“Quando comecei, não havia ajuda de órgão nenhum. Hoje, temos assistência da SAF”
O relato do agricultor Francisco Ferreira, que trabalha com piscicultura na localidade Carnaubal, no município de Oeiras, mostra o impacto das ações da SAF na agricultura familiar. Beneficiário das distribuições de alevinos feitas pela secretaria, ele também comercializa seus peixes, bem como seu hortifruti por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Ele relata que o apoio permitiu uma melhoria de renda considerável.
“Antes a gente vendia para os mercados, mas não compensava nem a viagem do carro. Hoje a gente faz entrega ao PAA e leva mais de 100 kg de cada produto para vender. Com a SAF, eu recebi mil alevinos no final de janeiro, mas antes, tudo que eu fazia era com meu dinheiro. Uma carrada de alevinos custa R$ 250, mas se você recebe doado, já é um incentivo.
Ao invés de comprar os filhotes, eu já compro a ração. E, além disso, temos outros tipos de incentivo, com a visita frequente de técnicos, que nos orientam e oferecem cursos. Quando eu comecei, não havia ajuda de órgão nenhum, era tudo por conta própria, errávamos, e hoje nós temos essa assistência da Secretaria da Agricultura Familiar”, afirmou o criador.
Com a unidade de piscicultura, localizada em Nazária, a SAF tem incentivado a piscicultura com a reprodução de alevinos e a distribuição para piscicultores. Neste ano, mais de 1,5 milhão alevinos foram entregues entre janeiro e julho .
“As mudas doadas têm nos ajudado porque conseguimos plantar, colher e vender”
Por meio do incentivo à cajucultura, também tem se percebido uma melhoria na renda de agricultores familiares. O Piauí se destaca por ser o segundo maior produtor de caju, e a SAF tem atuado para estimular ainda mais a atividade .
Atualmente, estão sendo distribuídas 800 mil mudas até o final do ano. A SAF também incentiva as diversas atividades a serem feitas com a castanha, e com o pedúnculo, como sucos, cajuínas, polpas, doces e mais.
O agricultor José Augusto de Sousa, do município de Jaicós, um dos beneficiários com programas de mudas e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), ressalta como o auxílio tem sido importante para o incentivo da cadeia produtiva.
“As mudas são doadas pela SAF, que tem ajudado a todos nós, porque conseguimos plantar, colher, vender o fruto para a fábrica, e também nas feiras com a castanha. Além disso, entregamos todo ano, doces, rapaduras e castanhas ao PAA. Moro com minha família, tenho três filhos, e com a fruta, a renda da família melhorou muito. Depois do PAA, também melhorou, porque já é uma renda garantida para ajudar no dia-a-dia”, disse o produtor.
“Trabalhamos muito, e nunca falta dinheiro. Tudo isso, com o apoio da SAF”
A produção de frutas e hortaliças têm um impulsionamento considerável quando existe o investimento em sistemas de irrigação. A SAF atua com a distribuição de kits a agricultores familiares. No primeiro semestre do ano, foram entregues mais de 1.000 kits para mais de 1.200 famílias de agricultores .
Beneficiário desta ação da SAF, o agricultor Adão Luiz, do município de Oeiras, destaca como a agricultura irrigada o fez melhorar de renda consideravelmente. “No começo era difícil porque não tínhamos irrigação e hoje melhorou, porque há bastante terras irrigadas. Graças a Deus melhorou muito, trabalhamos muito, e nunca falta dinheiro, tudo isso com o apoio da SAF. Toda vez quando vendo é na caixa, eu já vendi 136 caixas de batatas e macaxeira, onde cada uma chega a pesar 28 kg”, afirma o produtor.
“Antes da cisterna, era um sofrimento. Agora é outra vida”
Outra importante ação desenvolvida pela SAF para a convivência com o semiárido é a construção de cisternas . Mais de 20 mil estão sendo construídas em diferentes frentes – pelo Programa Cisternas, desenvolvido em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), pelo programa Piauí Sustentável e Inclusivo (PSI) e pela parceria com a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA)
Uma das famílias beneficiadas é a da Edimara Costa, que vive na comunidade Dominguinhos, no município de Simplício Mendes. Antes da construção da cisterna, a família recebia água por meio de um caminhão pipa, que vinha do centro da cidade. Todo dia, a família precisava andar cerca de 500 metros para buscar a água no ponto onde o caminhão pipa realizava a distribuição. “A minha vida antes da cisterna era ruim, era um sofrimento para buscar água, carregar baldes no carrinho de mão. Hoje é outra vida”, afirmou a .
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