A professora Nanci Araújo Bento, que leciona no Centro de Apoio Pedagógico Especializado (CAPE) para Pessoas com Surdez Wilson Lins, localizado em Salvador, está entre os finalistas do Prêmio Jabuti Acadêmico 2025, com a coletânea “Libras e surdos: políticas, linguagem e inclusão”.

A obra, organizada por Cecilia de Moura e Desirée De Vit Begrow, concorre ao prêmio na categoria “Educação Física, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional”, pela participação de Nanci no capítulo “Libras, surdos e interseccionalidades”, escrito juntamente com a professora Shirley Vilhalva. A cerimônia de entrega dos prêmios acontece na terça-feira (5), no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo.

Para a educadora, que leciona Língua Portuguesa como segunda língua para surdos no CAPE e é professora também da Universidade Federal da Bahia (UFBA), ser finalista representa um marco significativo para a comunidade surda. “O capítulo 'Libras, surdos e interseccionalidades' se destaca ao discutir os pressupostos teóricos da interseccionalidade e ao evidenciar os atravessamentos que configuram as experiências das comunidades surdas, especialmente das indígenas e negras, temática ainda pouco explorada na educação de surdos”, afirmou.

O livro “Libras e surdos: políticas, linguagem e inclusão” conta com 16 artigos escritos por pesquisadores de todo o país que discutem sobre o tema. “Essa reflexão gera impactos positivos e reforça a urgência de ampliar as pesquisas no campo dos Estudos Surdos, incorporando as múltiplas diversidades que compõem as trajetórias educacionais de estudantes surdos na Educação Básica”, acrescentou Nanci.

Sobre a premiação

O Prêmio Jabuti Acadêmico, que está em sua segunda edição, reconhece e premia os esforços daqueles que já se dedicam à produção de conteúdos científico, técnico, profissional e acadêmico, bem como incentiva, ainda mais, que autores e editores trilhem esse caminho. A chancela da premiação visa impulsionar o alcance das obras, ampliar sua visibilidade e fazer com que mais leitores, nacionais e estrangeiros, acessem o conhecimento produzido no Brasil.

Fonte: Ascom/SEC

Foto: Divulgação/SEC