Profissionais que trabalham com alfabetização de crianças em Salvador e na Região Metropolitana começaram, nesta quinta (21), a primeira formação do Programa Bahia Alfabetizada - política pública do Governo do Estado para reduzir o analfabetismo e garantir a alfabetização na idade certa. O curso do I Ciclo Formativo dos Formadores Municipais do Programa Bahia Alfabetizada – Criança, promovido pela Secretaria da Educação do Estado (SEC), em parceria com a Universidade do Estado da Bahia (Uneb), acontece até esta sexta-feira (22), na sede da instituição, no Cabula.
“O Bahia Alfabetizada – Criança representa um compromisso real com a transformação da Educação. Investir nos formadores é assegurar que as crianças se tornem leitoras e escritoras competentes, dentro do tempo certo”, afirmou a coordenadora institucional do eixo de formação, Iêda de Fátima Silva. Para a vice-reitora da Uneb, Dayse Lago, alfabetizar vai além de ensinar a ler. "É integrar a leitura ao desenvolvimento social e cultural das crianças, respeitando sua condição de sujeitos históricos".
O I Ciclo acontece em duas etapas e contempla os 18 Núcleos Territoriais de Educação (NTEs) do Estado. As primeiras turmas, atendidas entre segunda (18) e terça-feira (19), reuniram nove territórios, enquanto a segunda turma ocorre até sexta-feira (22) com outros nove NTEs, sediados em Amargosa, Seabra, Itaberaba, Juazeiro, Senhor do Bonfim, Paulo Afonso, Ribeira do Pombal, Alagoinhas e Salvador. A iniciativa conta, ainda, com a participação da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e das universidades estaduais de Feira de Santana (UEFS), Santa Cruz (UESC) e do Sudoeste da Bahia (UESB), em colaboração com os 417 municípios baianos.
Compromisso coletivo
Com carga horária de 25 horas, a formação combina estudos teóricos, práticas pedagógicas e elaboração de relatórios, assegurando suporte técnico, materiais didáticos e acompanhamento. O processo, conduzido pelas universidades estaduais, mobiliza, aproximadamente, 1.214 formadores alfabetizadores municipais, fortalecendo o pacto pela alfabetização em colaboração com todas as redes municipais de ensino da Bahia.
Para Helaine Pereira de Souza, superintendente de Políticas para a Educação Básica da SEC, os indicadores reforçam a urgência da mobilização. “Em alguns municípios, menos de 15% das crianças estão alfabetizadas. Essa realidade exige prioridade e ação integrada. Mesmo onde os índices superam 60% é preciso vigilância. O ciclo formativo renova a esperança de construir uma rede sólida de alfabetização em toda a Bahia”. Consuelo Almeida Matos, da Gerência de Formação da Secretaria Municipal de Educação de Salvador, enaltece que a capital encara o encontro como decisivo. “O programa fortalece os formadores, que replicam os conhecimentos junto aos professores, alcançando cada estudante. Esse trabalho coletivo é o caminho para que a alfabetização se torne uma realidade para todas as crianças baianas”.
O Programa Bahia Alfabetizada estabelece um pacto de cooperação entre o governo estadual e os 417 municípios do Estado. A ação foi criada por meio da Lei nº 25.668/2025 com o objetivo de fortalecer a educação, com foco principal na alfabetização de crianças, jovens, adultos e idosos. Os principais objetivos do programa são reduzir os índices de analfabetismo e garantir a alfabetização na idade correta.
A política pública é desenvolvida em dois eixos: Criança e Paulo Freire. O primeiro se concentra em garantir a alfabetização de crianças até o final do 2º ano do Ensino Fundamental. Ele está alinhado com o programa nacional "Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. Já o Eixo Paulo Freire é focado na alfabetização de jovens, adultos e idosos e visa reduzir o analfabetismo na população baiana, oferecendo oportunidades de aprendizagem para quem não teve acesso à educação na idade escolar.
Fonte: Ascom/SEC
