Na quinta-feira (18), foi realizada a 5ª Reunião Técnica da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU) para enfrentar o aumento das passagens de ônibus no Entorno do Distrito Federal. As tarifas serão alteradas no dia 22 de setembro, caso a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não aceite o terceiro pedido do Governo do DF para prorrogação do prazo. O presidente da CTMU, deputado distrital Max Maciel (PSOL), informou que a comissão já fez um estudo identificando que as passagens reajustadas podem comprometer de 30% a 40% da renda dos trabalhadores, especialmente daqueles que recebem um salário mínimo.
“Estamos falando de gente que já vive no limite, que precisa escolher entre pagar o transporte ou colocar comida na mesa com um salário mínimo. Não podemos aceitar que o direito de ir e vir seja tratado como mercadoria e discutir sobre o Entorno também é função do DF”, afirmou o parlamentar.
Durante o encontro, foi debatida a proposta de criação de um consórcio entre DF e Goiás, com participação dos municípios, para gerir o sistema, reduzir custos e avançar na integração. Além disso, foi mencionada a intenção de investir em infraestrutura, como o BRT Luziânia–Santa Maria e faixas exclusivas em Águas Lindas. A comissão solicitou participação no grupo de trabalho que discute o tema, para acompanhar de perto as negociações e antecipar o debate sobre o fundo de R$ 100 milhões para o consórcio, que pode impactar a divisão de recursos entre Goiás e o Distrito Federal.
A reunião contou com a presença de representantes da Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob), da Secretaria Extraordinária do Entorno do DF (SEENT/DF), da Secretaria de Educação do Goiás (SEDF/GO) e da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), além de moradores do entorno, representantes políticos e professores, que puderam expor opiniões e estudos sobre o tema. Estudantes também reforçaram a importância de barrar o aumento, lembrando o impacto direto no direito à educação, já que muitos dependem do DF para garantia desse acesso, além de outros serviços básicos.
“A luta contra o aumento da tarifa é também a luta por justiça social. A população do Entorno é essencial para o DF, trabalha, estuda e movimenta nossa economia. É dever do Estado encontrar soluções para essa importante parcela da população”, defendeu Max Maciel.
*Com informações da assessoria do deputado Max Maciel
Agência CLDF*