Setembro foi um mês fértil para a educação ambiental no Piauí. O projeto ProVerde nas Escolas, desenvolvido pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), por meio do Centro de Educação Ambiental (CEA), percorreu salas de aula, pátios e até trilhas de mata nativa, deixando em cada canto uma semente – às vezes literal, às vezes simbólica – de cuidado e responsabilidade com o futuro.

Ao todo, 68 escolas da rede estadual foram atendidas, espalhadas por municípios como Teresina, São Pedro do Piauí, Água Branca, Angical, Barras, Lagoa Alegre e Cabeceiras do Piauí. Nelas, 7.178 alunos e 958 funcionários se envolveram diretamente em palestras educativas, oficinas e vivências. Mais de 5 mil mudas frutíferas e nativas foram distribuídas e plantadas, transformando cada atividade em um gesto concreto de renovação.

O secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Feliphe Araújo, destaca o papel multiplicador da iniciativa. “O ProVerde nas Escolas mostra que a política ambiental não é só de governo, mas de comunidade. Quando um aluno planta uma muda ou participa de uma palestra, ele leva esse conhecimento para casa, para a rua, para o bairro. É um círculo virtuoso que fortalece a sustentabilidade no dia a dia”, explicou o gestor.

No CEA, as experiências ganharam novos contornos. Um total de 346 estudantes dos ensinos fundamental, médio e superior participaram de visitas técnicas e atividades práticas – estudos de impacto, plantio, trilhas interpretativas na Floresta Fóssil. Já as visitas turísticas levaram 72 visitantes a vivenciar a integração entre patrimônio natural, ecoturismo e práticas sustentáveis, com direito a passeios de caiaque e observação guiada.

A diretora de Educação Ambiental da Semarh, Ruth Lima, ressalta o significado das ações. “Nosso maior resultado é ver o encantamento no olhar de cada estudante ao compreender que o meio ambiente é parte de si. Mais do que números, são vidas tocadas pelo conhecimento e pela experiência direta com a natureza”, destacou a gestora.

Com o Ciclo de Palestras, lideranças comunitárias também se aproximaram do debate, aprendendo e compartilhando práticas capazes de transformar realidades locais. Somadas todas as atividades, setembro fechou com 491 participantes registrados nas ações presenciais do CEA, reafirmando o espaço como referência no diálogo entre ciência, escola e comunidade.

O ProVerde, portanto, não é apenas um projeto: é uma ponte entre gerações. Uma aposta de que plantar árvores e ideias hoje é garantir sombra, frutos e consciência para o amanhã.