O Ministério Público do Estado da Bahia promoveu inspeções em unidades de saúde e ensino do município de Candeias no último dia 25 de setembro. Durante a ação, foram verificadas as condições estruturais e de funcionamento do Posto de Saúde localizado no bairro Nova Candeias e dos colégios Professor Dasio José de Souza e Estadual Polivalente. Segundo o promotor de Justiça Thiago Bahia, algumas inconsistências identificadas em visita anterior foram sanadas pelo Município, que garantiu melhorias significativas para que seja assegurada a qualidade no oferecimento dos

serviços à população. A ação integra o programa ‘Saúde + Educação: transformando o novo milênio’.

Ação simultânea marcou o mês de agosto

Entre os dias 18 e 22 de agosto, o MPBA realizou a 'Semana de Ação Simultânea', com inspeções dos centros de saúde em Salvador e cidades do interior. A ação contou com a participação de promotores de Justiça, servidores do MPBA reforçando a importância da atuação conjunta das instituições e

da sociedade na defesa dos direitos fundamentais à saúde.

Foram realizadas fiscalizações em 22 unidades de saúde da capital e nos municípios de Santo Antônio de Jesus, Cachoeira, Feira de Santana, Cruz das Almas, Lauro de Freitas, São Sebastião do Passé, Catu, Amargosa e Utinga com irregularidades que comprometem o atendimento à população.

Entre os problemas constatados, destacam-se a falta de insumos essenciais, como imunobiológicos para vacinação, curativos especiais, gaze, papel-toalha, sabonete e equipamentos básicos como balanças e lixeiras com pedal. A infraestrutura apresentou salas de esterilização sem climatização, laboratórios com mofo, ausência de computadores e prontuário eletrônico, além de unidades sem alvará sanitário. Déficit de profissionais, especialmente enfermeiros e farmacêuticos, com divergências entre registros oficiais e a

realidade das equipes em atividade foi detectado na ação, além da falta de medicamentos de atenção primária, principalmente em Salvador, com necessidade urgente de reabastecimento.

Também foram verificadas falhas nos serviços de saúde bucal, como ausência de suprimentos fundamentais para a realização segura dos procedimentos, a exemplo de máscaras N95, hipoclorito de sódio e cimento odontológico. Em diversas unidades, problemas de gestão e comunicação também foram registrados, incluindo o uso de celulares pessoais para demandas do serviço e a falta de suporte adequado para descarte de materiais perfurocortantes.