O sítio arqueológico Arraial Bom Jesus do Pontal passou a fazer parte do Patrimônio Cultural do Brasil e, nesta sexta-feira, 04, recebeu a placa do IPHAN, identificando a conquista e novas orientações para a preservação da área. A instalação foi realizada pela Secretaria da Cultura e do Turismo de Porto Nacional, juntamente com o IPHAN Tocantins, na comunidade Curralinho do Pontal (Fazenda Pontal). Também estiveram presentes equipes das secretarias municipais de Infraestrutura, da Mulher e Desenvolvimento Humano, além de representantes da UFT, Unitins, do Núcleo Tocantinense de Arqueologia (NUTA) e moradores da região. 

Conforme o historiador da Secretaria Municipal da Cultura e do Turismo, Jefferson Silva, a ação é essencial para a preservação do local. “Estamos hoje aqui em um evento muito importante no Arraial do Pontal, juntamente com a Universidade Federal do Tocantins, o NUTA e o IPHAN para delimitar e colocar o marco do Arraial do Pontal aqui na região de Porto Nacional”, frisou.

Para José Pereira, morador da comunidade, a instalação da placa é importante porque está “restaurando a história que foi implantada aqui desde muitos anos”, além de poder resgatar essa cultura histórica de onde partiu a cidade de Porto Nacional, divulgando para todo o país. Rômulo Macêdo, arqueólogo do IPHAN Tocantins, reforçou o valor histórico do sítio arqueológico. “Nós estamos aqui dentro das ruínas do Antigo Arraial, que está diretamente atrelado à origem da cidade de Porto Nacional e também ao processo de ocupação colonial aqui da região. Temos diversas ruínas de pedra, das antigas edificações que aqui existiam, além de cultura material móvel, como cerâmica, louça e outros elementos relacionados. Esse sítio é um dos 100 sítios arqueológicos cadastrados no município portuense. É um dos únicos relacionados a períodos históricos e, desses, ele é o mais importante, não só do ponto de vista regional, mas também do ponto de vista local”, concluiu. 

Antonia Custódia Pedreira é professora aposentada da Unitins e por mais de 20 anos coordenou o NUTA, sediado em Porto Nacional. Quando realizou a sua dissertação de mestrado, escreveu sobre o Arraial Bom Jesus do Pontal. “É um trabalho importante que a prefeitura de Porto Nacional está em processo de início, de resgate dessa história e memória. Pontal, como todos dizem, é da década de 1738. Começa com a exploração das minas, ainda no período colonial, e nesse processo houve um núcleo de povoamento, de garimpeiros e suas famílias, que explorava as minas de Pontal”, salientou.