Na manhã desta quarta-feira (18), a Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU) realizou uma reunião técnica para debater a modernização e aquisição de novos trens para o sistema metroviário do Distrito Federal. O encontro também retomou temas discutidos na audiência pública da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal, que aconteceu no mês passado, incluindo manutenção dos veículos em circulação e abertura de concursos públicos.
Um dos principais pontos discutidos foi a aquisição de 15 novos trens para a expansão da rede metroviária, com estimativa de R$ 60 milhões cada. Atualmente, o Metrô-DF conta com 32 veículos em sua frota, mas apenas 17 estão em circulação regular. De acordo com o presidente da CTMU, deputado Max Maciel (Psol), que presidiu o encontro, há um volume considerável de trens parados por falta de manutenção, danos, acidentes ou ausência de peças de reposição. Durante a reunião, o parlamentar fez questionamentos relacionados aos desafios do processo de modernização do metrô.
Segundo Fernando Jorge Rodrigues, diretor técnico da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), com a chegada de todos os novos veículos, a frota disponível para a população será de mais de 40 trens. Ele também indicou que haverá uma parada programada para a modernização dos trens da Série 1.000 — aproximadamente 20 trens mais antigos. Esses transportes serão retirados de circulação para a instalação dos sistemas de modernização.
Rodrigues explicou, ainda, que os veículos atualmente fora de circulação por danos serão reformados para reintegrar o sistema metroviário. “Dos trens que sofreram alguns danos devido às chuvas torrenciais no início do ano em Ceilândia, um já foi recuperado e já está em circulação. Um segundo, tem previsão de voltar a operação em 30 de junho. Com relação aos demais, estamos fazendo alguns estudos para a recuperação deles, [um processo] que demora um pouco mais.”
Questionado sobre a quantidade de vagões por trem, Rodrigues explicou que estudos anteriores do Metrô-DF indicaram que o sistema atual não suporta a circulação de composições com seis carros. “Não temos como fazer uma aquisição [de veículos] com seis carros, em virtude do cumprimento da plataforma, que tem a tolerância de quatro carros.”
Modernização
Durante a reunião, Rodrigues listou etapas do processo de revitalização do sistema elétrico dos metrôs, outro tópico previsto no plano de modernização. De acordo com o diretor técnico, o Metrô-DF está em fase de elaboração do projeto para a adequação do sistema de controle, troca dos cabos de energia e a instalação de sete novas subestações, com um investimento médio de R$ 50 milhões cada. Somente para a área energética, o investimento previsto é de R$ 150 milhões. A expansão em Samambaia e Ceilândia também demandará investimentos adicionais de R$ 300 milhões e R$ 400 milhões, respectivamente.
Rodrigues também afirmou que a empresa contratada para fornecer os novos trens deverá entregar não apenas os veículos, mas também tecnologia de ponta. “Com relação à entrega da tecnologia dos sistemas, para a empresa que for contratada, além dos sobressalentes que estão sendo solicitados, de treinamentos, comissionamento e garantia da assistência por um período, vamos solicitar o protocolo de comunicação de todos os softwares de sistema”, explicou.
Em relação a realização de concursos públicos, o diretor técnico confirmou que a realização de um novo concurso público está em andamento. “Em março deste ano, nós aprovamos na diretoria do colegiado, o encaminhamento para a Secretaria de Economia o pleito para o novo concurso. Nós do metrô já solicitamos, está em análise e há uma sinalização muito boa para que isso, analise seja concluído de forma célere”, disse.
Ao fim da reunião, o deputado Max Maciel reforçou a importância do metrô para o DF. “O Distrito Federal hoje é inimaginável sem o sistema de metrô. Nós queremos que o metrô seja cada vez mais priorizado orçamentariamente e com acesso aos recursos de tecnologia para que ele possa cumprir seu papel fundamental”, enfatizou.
Agência CLDF