Nesta sexta-feira (3), gestores, técnicos e especialistas concluíram as discussões no 1º Workshop Piauiense de Segurança Hídrica, com o tema desafios, avanços e propostas para a governança da água, realizado em Teresina. Mais do que um debate técnico, o encontro foi um momento de reconhecer limites, aprender com experiências vizinhas e apontar rumos para que o estado garanta água de qualidade para as próximas gerações.
O evento reuniu representantes da Paraíba, Ceará, instituições parceiras e o setor privado, que hoje divide responsabilidades na gestão do abastecimento. Realizado no auditório da Secretaria de Cultura do Estado do Piauí (Secult), no Centro de Teresina, o encontro teve início na quinta-feira(2) com palestras de diversas entidades ligadas à questão hídrica nacional. O resultado foi a elaboração de diretrizes para uma nova política de governança hídrica, construída de forma coletiva.
Anfitrião do encontro, o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Feliphe Araújo, falou em transição e responsabilidade. “Estamos diante de um novo cenário, com a presença de um parceiro privado no sistema de abastecimento. Mas cabe ao Estado liderar essa governança, garantir o controle e a qualidade do serviço. Este workshop nos ajuda a desenhar o futuro e a consolidar a institucionalidade da gestão da água no Piauí”, afirmou.
O diretor de Recursos Hídricos da Semarh, Felipe Gomes, reforçou que o encontro foi marcado pelo espírito de construção conjunta. “Reunimos todos os atores que têm responsabilidade sobre o tema para pensar soluções reais. O Piauí precisa de uma governança hídrica capaz de enfrentar os desafios do clima e atender às necessidades da população. Saímos com um norte definido e com compromissos que agora precisam ser colocados em prática”, disse.
Já o secretário estadual de Planejamento, Washington Bonfim, destacou o elo entre a água e o desenvolvimento. “Segurança hídrica não é apenas um tema ambiental, é também social e econômico. Sem água, não há agricultura sustentável, não há indústria competitiva, não há futuro para as cidades. O planejamento do Estado deve incorporar essa agenda como prioridade permanente”, observou.