Até setembro deste ano, o Piauí registrou avanços significativos na gestão das águas e na proteção dos ecossistemas que garantem a vida no semiárido. Sob a coordenação da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), o estado consolida uma política ambiental pautada na ciência, na tecnologia e no compromisso ético com o futuro.
Entre as medidas de maior impacto, está a aquisição de 10 estações agrometeorológicas, que ampliam a capacidade de monitoramento climático e contribuem para um uso mais racional da água. Com dados mais precisos, é possível planejar melhor o consumo, antecipar períodos de seca e reduzir riscos para a agricultura familiar.
Na frente de revitalização dos ecossistemas aquáticos, a Semarh promoveu a doação de mais de 1,5 milhão de pós-larvas para repovoamento de rios, lagoas e barragens em todo o Estado. A ação fortalece a biodiversidade e recupera a biota aquática em áreas que sofrem com a diminuição natural dos estoques pesqueiros.
Outro passo essencial será o investimento de R$ 1,5 milhão na modernização dos laboratórios estaduais, voltados à análise da qualidade da água. Esse reforço técnico vai permitir a ampliação de 20 para 50 pontos de monitoramento em todo o estado, oferecendo um retrato mais detalhado da saúde dos rios piauienses.
“Estamos fortalecendo a política de segurança hídrica do Piauí com base em dados e ações concretas. O desafio de cuidar da água é, acima de tudo, o desafio de cuidar da vida. O que fazemos agora repercute nas próximas gerações”, afirma o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Feliphe Araújo.
A busca por uma gestão mais integrada levou à realização do I Workshop sobre Segurança Hídrica do Estado, que reuniu representantes de órgãos públicos, pesquisadores e técnicos. O encontro marcou o início de uma nova etapa na governança das águas, baseada na cooperação e no compartilhamento de informações entre diferentes setores.
No campo operacional, a Semarh coordenou seis aberturas de comportas de barragens, medida essencial para garantir a perenização de rios e o abastecimento de comunidades em períodos de estiagem. Ações emergenciais que traduzem, na prática, o papel do Estado em assegurar o direito à água.
Paralelamente, o Piauí avançou no combate a um problema histórico: os lixões. Até setembro, quase 50 lixões foram desativados, o equivalente a um quinto dos municípios do Piauí. A medida protege o lençol freático e previne a contaminação de cursos d’água, reduzindo riscos à saúde humana e ao meio ambiente.
Os resultados obtidos até setembro refletem um esforço conjunto — técnico, político e humano — para colocar o Piauí em outro patamar de governança ambiental. “Cada estação instalada, cada lixão fechado e cada nascente preservada são passos firmes rumo a um novo tempo. Um tempo em que desenvolvimento e preservação caminham lado a lado”, conclui Feliphe Araújo.