Prefeitos de quinze municípios da região da Serra da Capivara, se reuniram, esta semana, em São Raimundo Nonato, para discutir a implantação de um aterro sanitário regional — um passo decisivo para dar destino adequado aos resíduos sólidos e encerrar um ciclo histórico de degradação ambiental. O encontro, promovido pela Associação Piauiense de Municípios (APPM), contou com a participação do gerente de Mudanças Climáticas da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Daniel Marçal.
A iniciativa integra o projeto Lixão Zero, desenvolvido pela Semarh em parceria com o Ministério Público, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) e a APPM. A ação já resultou no fechamento de quase 50 lixões em todo o Piauí — o que representa cerca de um quinto dos municípios do estado livres desse passivo ambiental.
“O aterro sanitário representa mais do que uma obra. É um símbolo de transformação. Cada lixão fechado é um avanço em direção a cidades mais saudáveis, a rios mais limpos e a um futuro mais digno para quem vive do trabalho e da terra”, destacou Marçal.
O presidente da APPM, Admaelton Bezerra, conduziu as discussões acompanhado do tesoureiro da entidade e prefeito de Aroazes, Manoel Neto, do presidente da Ampar e prefeito de Hugo Napoleão, Luciano Filho, e do assessor da APPM, Luciano Carvalho. No centro do diálogo, o consenso que o municipalismo deve avançar em consonância com a sustentabilidade.
“Fortalecer as gestões municipais é também garantir que cada cidade tenha condições de cuidar do seu lixo, do seu povo e do seu território”, observou o presidente da APPM.
A implantação do novo aterro regional promete beneficiar uma população de cerca de 100 mil habitantes na região da Serra da Capivara, reduzindo a poluição do solo e das águas, além de melhorar as condições sanitárias e a qualidade de vida da população.
Em São Raimundo Nonato, prefeitos e gestores começam a desenhar um Piauí mais limpo — onde o lixo deixa de ser problema e passa a ser parte da solução.