Fotos: Marcelo Magalhães

Na tarde desta terça-feira (12), o auditório da Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana (ACEFS) recebeu a oficina do CrediAfro, primeira linha de crédito voltada exclusivamente para empreendedores negros e negras da Bahia. O evento gratuito foi promovido pela Divisão de Promoção da Igualdade Racial da Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), com apoio do Conselho da Mulher Empreendedora e Parceria (CMEC) e da ACEFS.

A proposta da iniciativa é desburocratizar o acesso ao crédito e possibilitar que empreendedores negros possam fortalecer e expandir seus negócios. Durante o encontro, os participantes puderam tirar dúvidas, entender como dar entrada no financiamento e receber orientações sobre uso responsável do recurso.

Misael Conceição, agente de crédito do programa, destacou que o CrediAfro atende a uma demanda histórica. “Essa linha de crédito vem justamente para fortalecer o empreendimento de uma população mais vulnerabilizada, que é a população negra, que enfrenta dificuldade para conseguir financiamento. Nosso objetivo é facilitar esse acesso para que eles possam alavancar seus negócios”, afirmou.

O presidente da ACEFS, Genildo Melo, ressaltou que a casa está aberta para empreendedores de todos os portes e que o momento representa mais que a liberação de recursos. “Além de fornecer o crédito, é fundamental ensinar como utilizá-lo para que o negócio prospere e gere retorno para a sociedade. Recebemos aqui MEIs, pequenos, médios e grandes empreendedores, e também pessoas que ainda vão iniciar”, disse.

A secretária municipal da Mulher, Neinha Bastos, enfatizou o impacto da iniciativa no fomento econômico. “Ver o capital chegar para fortalecer o crescimento das empreendedoras e empreendedores é motivo de alegria. Com juros acessíveis, é uma oportunidade real para quem quer investir e prosperar”, declarou.

Para a empreendedora Rose Cristini, que atua há quatro anos no ramo óptico, a oportunidade é um impulso importante. “Começar a empreender não é fácil, e para nós, mulheres negras, é ainda mais difícil. Ter a possibilidade de acessar um crédito para aumentar as vendas e melhorar o negócio é muito significativo”, afirmou.